Atualizado em: setembro 6, 2024 às 10:06 am
Por Guilherme Costa
O Pata Söla é uma banda formada no Rio de Janeiro, por Iara Bertolaccini (guitarra e vocal), Marcelo Pineschi (baixo) e Jonas Cáffaro (bateria). No dia 22 de agosto o trio lançou o EP de estreia, “Migrante”, em todas as plataformas digitais, via Abraxas.
Com seis faixas, o registro é focado na guitarra e baixo distorcido do Stoner, sendo guiadas pela bateria reta e tão pesada quanto de Cáffaro. Além do Stoner, está presente na sonoridade de “Migrante” influências do Rock Alternativo das décadas de 80 e 90, bem como o Grunge (sobretudo se pensarmos na densidade do Soundgarden). Há influências brasileiras nas faixas “La Sangre” (que me remeteu ao groove do Sepultura) e na faixa instrumental “Fugitiva”.
Alternando entre faixas cantadas em inglês e espanhol, as seis faixas em pouco mais de vinte e um minutos, garante uma audição pesada, com muito grooves e riffs sombrios. Segundo o trio, além do Stoner, a banda transita pelo Metal, Punk e Noise, “explorando de forma poética questões sobre origens e deslocamentos, além de trazer temas como guerra e colonização.”
O nome do grupo foi inspirado na lenda da Patasola (um pé só, em português) que, segundo o mito colombiano, conta a história de uma mulher que teve um caso com o patrão do seu marido; quando descoberto, o marido matou o seu patrão, cortou uma das pernas da sua esposa que, por sua vez, fugiu até morrer pela hemorragia causada pela decepamento do membro. O espírito da mulher foi condenada a vagar soltando gritos de dores e pedindo por ajuda; entretanto quem a ajudasse tinha o sangue sugado. Há a lenda de que a mulher decepou a perna numa Sexta-feira Santa, quando é proibido trabalhar*.
*Fonte: Colecionador de Sacis.