Atualizado em: setembro 30, 2024 às 10:11 am

Por Guilherme Costa

Na última sexta-feira (27) saiu o quarto disco de estúdio da inglesa Pixie Lott, “Encino”, via Tag8/ BMG. Aguardado por muitos, o álbum encerrou um hiato de dez anos sem um lançamento de um álbum completo que, neste meio tempo, foi pouquíssimo movimentado, com apenas alguns singles e colaborações por parte da cantora. Se artisticamente a vida de Pixie Lott não foi das mais movimentadas, a vida pessoal seguiu o rumo contrário. Nos últimos anos a cantora conhecida pelo hit “Mama Do” se casou com o namorado de longa data, Oliver Cheshire e, no ano passado, Albert – o primeiro filho do casal – nasceu.

Tudo isso refletiu no novo disco da cantora inglesa, que comentou: “Estou correndo riscos dessa vez. Anteriormente, eu fui na direção que outros imaginaram para mim, mas ninguém realmente me empurrou para tentar as coisas que eu queria. É assustador, mas estou seguindo meu coração agora – quero mostrar outros lados de mim mesma. Sempre quis fazer algo com um som clássico e atemporal que pudesse ser tocado a qualquer momento.”

Os “riscos” mencionados já foram perceptíveis na primeira prévia do álbum, “Somebody’s Daugther”, mostrando um som mais orgânico, distante dos seus álbuns anteriores. A sonoridade proveniente de uma banda (bateria, baixo, guitarra/violão e piano/teclado) também é destaque na bela “Anybody Else”, que após o casamento e a maternidade ganham contornos mais profundos à medida que é cantado versos, como: “Maior que um oceano/ Menor que uma onda/ Mais alto que o trovão/ Então quieto como a chuva/ E eu sou o único/ A ver os dois lados de você da mesma forma/ Mesmo nos nossos dias mais sombrios”

A parte lírica também está mais sóbria e palpável, quando Pixie fala sobre ciberbullying (na já citada “Somebody’s Daugther”) e insônias causadas pela ansiedade (“Midnight Trash”). Embora não haja de novo no mundo em “Encino”, a mudança do Pop sensual e do R&B/ Soul do álbum de 2014, refletindo o que fazia sucesso na época (Duffy, Estelle, Christina Aguilera no disco “Back to Basics” e, claro, Amy Winehouse), é bastante notável.

Lógico que ao ouvir “Further From Love” você tem a sensação de ter ouvido algo parecido. Entretanto, quando você ouve “Coco” e a Gospel “Show You Love”, fica evidente que a pausa na carreira da Pixie Lott foi benéfica. A única coisa que não mudou, foi a sua potente voz!