Atualizado em: dezembro 19, 2024 às 9:45 am
Por Guilherme Costa
Eu já falei sobre a ideia dos Melhores do Ano do Um Outro Lado da Música girar em torno da pouca atenção que grandes discos de artistas “desconhecidos” recebiam. Porém, de vez em quando, alguns discos famosos entraram no especial (como foi o caso de “Desire, I Want to Turn Into You”, da Caroline Polachek). Neste ano era impossível não citar o novo álbum do consagrado Michael Kiwanuka.
“Small Changes”, quarto álbum de inéditas do cantor, saiu no dia 22 de novembro, via Polydor. Cinco anos após o seu antecessor (“Kiwanuka”), o britânico teve mudanças significativas em sua vida pessoal, se mudando de Londres e com o nascimento dos seus dois filhos. Grandes mudanças, ao contrário do que o título do seu novo sugere.
Mais minimalista, deixando a grandiosidade do hit “Cold Little Heart” de lado, Kiwanuka estava disposto a não ser obrigatoriamente ‘cool’, o que nos leva a crer que o álbum não foi pensado para ser um grande sucesso que iria impactar a tudo e a todos. Curiosamente, é nessa dinâmica que menos é mais que as críticas do álbum se calcaram. Há quem acuse o álbum de preguiçoso e entediante; e há quem, como eu, reconheça a beleza da “simplicidade”. Embora as linhas grandiosas de cordas não estejam presentes, não tem como se encantar com o Soul/ Gospel de “Follow Your Dreams” que, inclusive, conta com bons arranjos de instrumentos de cordas.
No geral as críticas se basearam na dimensão e não no conteúdo de “Small Changes”. Até porque, não dá para criticar um álbum cuja faixa título conta com um solo de guitarra (simples) esbanjando feeling; ou com o Neo Soul swingado da faixa de abertura do álbum “Floating Parade”; e além da bela “One and Only”, grandiosa em sua “simplicidade”.
Michael Kiwanuka está entre os Melhores do Ano do Um Outro Lado da Música!