Atualizado em: julho 15, 2025 às 10:18 am
Por Arthur Coelho
O músico canadense é um artista que dispensa apresentações, mas talvez não possamos dizer o mesmo para um de seus grandes sucessos, que esconde uma curiosidade inesperada.
No dia 1 de abril de 2014, “Salad Days”, seu terceiro disco de estúdio, era lançado nas principais plataformas de streaming e logo se consagrou como um dos destaques da cena independente daquele ano.
Algumas faixas, como “Chamber of Reflection” e a música título se tornaram completos virais na internet, mas não é de nenhuma delas que falaremos hoje. Pois uma das músicas mais criativas do compilado é “Let Her Go”, quarta canção de maior sucesso do disco.
Dentre nomes mais famosos, ela se destaca pelo estilo suave e uma melodia que parece familiar de alguma forma. E você nem imagina o motivo.
DeMarco é a Fera
Enquanto fuma um cigarro e toca violão ao lado de sua namorada, o documentário “Pepperoni Playboy”, que demonstra o artista em seu auge criativo, nos releva em seu início que os acordes e a melodia de “Tale As Old As Time” (Conto antigo como o tempo), aquela famosa canção da Disney que aparece em “A Bela e a Fera”, foram o motivo de “Let Her Go” surgir instrumentalmente.
Amar também é aceitar a despedida
O curioso é que as canções possuem letras adversas, uma vez que a antiga serenata de amor se torna, nos dedos e voz de Mac DeMarco, uma justificativa para deixar o outro ir.
“Tell her that you love her, if you really love her/But If your heart just ain’t sure, let her know/ (Diga que você a ama, se você realmente a ama/Mas se seu coração tem certeza, avise-a)”
“Growing by the hour, love just like a flower/But when the flower dies, you’ve got to say goodbye/And let her go/Let her go (Crescendo a cada hora, o amor é como uma flor/Mas quando a flor morre, você diz adeus/E a deixa ir/Deixe ela ir)”
Se no estrondoso sucesso “My Kind of Woman” (2012), o seu papel é de cupido, agora o canadense age como um conselheiro confidencial, falando diretamente com o ouvinte que as relações são feitas de ciclos que também chegam ao fim. E ele também sabe que o máximo que pode fazer é entregar sua mensagem através de seu som indie sentimental e cômico, pois quem toma a decisão somos nós, fãs de Mac DeMarco e talvez de “A Bela e a Fera”.
“Or you can keep her/ It’s okay/ It’s up to you /Make your own choice/ Whatever you gotta do/ God bless (Ou você pode ficar com ela/ Tá tudo bem/ Você que sabe/ Faça sua própria escolha/ Tanto faz o que você decidir/ Deus de abençoe)”