Atualizado em: setembro 19, 2025 às 6:51 pm

Por: Arthur Coelho

O projeto comandado por Joseph Mulherin tem uma das trajetórias mais diferentes do mundo da música. Do trap triste de “ruiner” (2018) e Reaper (2017) aos experimentos de rap com ícones do post-hardcore em “Void Eternal” (2023), o nothing, nowhere mostra cada vez mais sua capacidade de surpreender os ouvintes.

A típica música cabisbaixa e chorosa do artista ganha contornos mais pesados no novo lançamento “Will it emo (vol.1)”, que não conta mais com convidados, mas se aproxima ao máximo do estilo metalcore e do screamo sem abandonar as influências anteriores.

O compilado é recheado de referências e covers da música pop internacional que ultrapassam gerações. Há espaço para os anos 90 com NSYNC (Tearin’ up my heart) e Backstreet Boys (I Want It Thay Way), trilhas famosas de animações (All Star (Shrek), Life is A Highway (Carros) e Happy (Meu Malvado Favorito) – em uma versão melancólica) e a representação dos anos 2000 com Natasha Bedingfield (Unwritten), One Direction (Perfect), Billie Eilish (Birds of Feather), Chapell Roan (HOT TO GO!) e Taylor Swift (We Are Never Ever Getting Back Together).

As 10 músicas aqui escolhidas soam de forma triste e por certas vezes agressiva, em construções que exaltam os graves instrumentais na mescla entre pop rap e momentos de breakdown de metalcore gritado: uma combinação praticamente inovadora criada pelo nothing, nowhere.