Atualizado em: julho 3, 2024 às 8:33 am

Por Guilherme Costa

Criada por Drenna Rodrigues, no Complexo do Alemão (RJ), a Drenna é uma banda que está entre os destaques do rock carioca, desde do lançamento do álbum de estreia em 2016, “Desconectar”. Completado por Bruno Moraes (baixo) e Milton Rock (bateria), o trio lançou o álbum “Cisne Negro” em agosto do ano passado, via Toca Discos.

A distância de sete anos entre o álbum de estreia e o mais recente refletiu não somente na formação do grupo, como também na maturidade e disposição para sair da zona de conforto. Em “Cisne Negro”, a Drenna surge um pouco mais pop, sem medo do famoso clichê do roqueiro conservador (no que diz respeito, claro, à sonoridades mais ecléticas); “Hater”, um dos singles promocionais do álbum, faixa que é um Pop Rock clássico, conta com partes de um pop carregado de sintetizadores.

Outra mudança é a forma como a mensagem passada pelo grupo soa muito mais direto do que geral, em relação ao álbum de estreia. Além de “Hater”, “Me Desculpa” começa dizendo “Quanto tempo me perdi na imagem/ Preocupada com a pressão social/ Nada precisa mudar, nada vai mudar/ Ficar parado a solidão toma espaço”. E assim é durante o decorrer do álbum.

Mais moderno e mais pop, “Cisne Negro” não perde a veia rock em nenhum momento, e nos apresenta uma fase mais sóbria e consciente de si.