Atualizado em: dezembro 6, 2024 às 8:01 am
Por Guilherme Costa
Cada vez mais popular (creio que seja o grande estilo dentro do Metal a partir da segunda década deste século) o Metalcore tem diversos expoentes dentro das suas diversas vertentes. Aqui no Brasil, o estilo pegou e tem rendido várias bandas pelo Underground do país, como o Sea Smile, Project46 (talvez a maior), entre outras. Uma das novidades do cenário, sem dúvidas é a banda paulista AXTY.
Atualmente formada por Felipe Hervoso (vocal), Felipi Grivol (guitarra), Jonathas Peschiera (baixo) e Gabriel Vacari (bateria), o quarteto lançou o seu terceiro disco de estúdio, “Hannya”, no último dia 2 de julho, via Outono Music/Universal. O registro, que já vinha sendo promovido desde setembro do ano passado, sucede o disco “Unbreakable” – lançado em março de 2023.
Se no disco de estreia (“Helpless”) o então quinteto lançou um poderoso álbum de Metalcore, seguindo o padrão das clássicas Bring Me the Horizon, Falling In Reverse, mas adicionando elemento eletrônicos (algo que já deixou de ser novidade em diversos gêneros do Metal); a sequência, “Unbreakable”, foi marcada pelo uso mais assíduo dos elementos eletrônicos, contando com a predileção por uma sonoridade mais melódica (embora o peso não tenha sido deixado de lado). No novo disco os elementos eletrônicos seguiram, e o peso aumentou!
O álbum começa com um interlude (“Mugen”), cheio de riffs poderosos, groove e camadas eletrônicas preenchendo qualquer espaço possível.”Murgen” emenda na pesada “Take Me Down”, que carrega a marca dos grandes riffs do AXTY, cujo refrão é melódico o suficiente para relembrar os bons momentos do “Unbreakable”. Em “Solitude”, Hervoso mostra toda a sua versatilidade, entre os estilos de gutural e vocal limpo. O que vem na sequência, para mim, é o ponto do álbum!
Emendando transições de faixas que soam um grande monstro de várias cabeças, a sonoridade do álbum vai para um Death Metal extremamente agressivo (“Relaxing Nature Sound” e “Emptiness Within” – faixa que conta com a participação do Taylor Barber). Em declaração vinculada no site da Roadie Crew, Felipe Hervoso comentou que se divertiram fazendo os arranjos das faixas do álbum. Bom, quando surge uma batida de funk na parte final de “Emptiness Within”, que é emendada com um beat de Trap e EDM – tipo o Tiesto – (“We’ll Back After A Short Break”), fica claro que a banda estava bastante leve para ousar. Depois da “pequena pausa”, “Fade Away”, cuja transição conta com alguém sugerindo uma ideia de melodia, surge como um Metalcore clássico.
A parte final do álbum, é o Metalcore, Djent, Death Metal, DeathCore e todas as referências que o AXTY capitalizou para construir a sua identidade, com cada elemento sendo tão agressivo e técnico, os colocando como um dos grandes nomes da cena e, sobretudo, como um dos grandes lançamentos de 2024.