Atualizado em: setembro 17, 2024 às 11:22 am

Por Guilherme Costa

Na terça-feira da semana passada (10) saiu o disco de estreia do vocalista e baixista do Terno Rei, Ale Sater. Intitulado, como “Tudo Tão Certo”, o álbum foi lançado via Balaclava Records, três anos após o lançamento do seu segundo EP “Fantasmas”. Com o álbum completo, a carreira solo ganhou um sabor de algo mais firme e definitivo, como o músico comentou para o portal Hits Perdidos: “É um pouco mais sério, eu fiz com mais afinco, com mais detalhe, mais produção, mais horas, com mais tudo. E com mais expectativa também.”

Sob a produção de Gustavo Schirmer, “Tudo Tão Certo” soa mais Folk em relação à sua banda, embora haja elementos que os conecta como nas faixas “Anjo” e “Trégua”. Mas grande destaque do álbum vai para o seu violão e o clima de introspecção que o álbum passa: “Cidade”, por exemplo, transmite uma melancolia digna das grandes metrópoles “Essa cidade foi/ Tão importante não/ Lembra de mim/ Eu nunca mais pisei ali/ Não guardo mágoas mas não sinto amor”

“Ouvi Dizer” ganha camadas de sintetizadores etéreos, enquanto “Vejo” é o tipo de música que todos os instrumentos têm o mesmo destaque. “Girando em Falso” ganha um aspecto de trovador, em sua simplicidade hipnotizante. Há elementos pops, como na primeira faixa liberada do álbum “Ontem”, provando que o tempo para a produção do álbum amarrou todas as pontas.

É sabido que o álbum solo de Ale Sater foi uma respirada para a agitada agenda do Terno Rei que, em meio a gravação do próximo álbum de inéditas, está na parte final da turnê do mais recente álbum “Gêmeos” (lançado em 2022). Ótimo para quem gosta do músico, e pode apreciar um grande trabalho entre os lançamentos da sua banda.