Atualizado em: junho 3, 2024 às 8:08 am

Por Guilherme Costa

O Black Pantera é sem dúvidas um dos mais notáveis nomes do rock nacional surgido nos últimos tempos, firmando o seu nome no cenário a cada ano de lançamento. Neste ano de 2024, o trio mineiro formado por Chaene da Gama (voz e baixo), Charles da Gama (voz e guitarra) e Rodrigo Pancho (bateria), lançou o seu quarto álbum de estúdio, “Perpétuo”, reafirmando a sua importância no cenário nacional.

Lançado no dia 24 de maio, via Deck, sob a produção de Rafael Ramos (que é o responsável pelos teclados na faixa “Horda”), “Perpétuo” segue com o Crossover (Thrash Metal + Hardcore) (“Boom” e “Sem Anistia”), adicionando uma pitada de groove nas faixas cantadas por Chaene da Gama (“Fudeu”). Mas acima de tudo, o Black Pantera segue colocando o dedo na ferida.

Sempre com letras afiadas e diretas, como uma boa banda Punk, talvez o maior clássico do grupo que sintetiza as suas intenções líricas, seja a faixa “Fogo Nos Racistas” – que logo se tornou um clássico do grupo”. No novo lançamento a banda segue apontando para os racistas, em “Perpétuo” e “Promissória”. Entre riffs pesados, groove entre o baixo e bateria, a faixa “Tradução” – composta em homenagem a mãe dos irmãos Chaene e Charles – se destaca por mais harmônica; o que não significa que ela seja branda, uma vez que aborda como o racismo estrutural: “Minha mãe tem hora pra chegar/ Mas não tem hora pra sair/ Hora pra chegar, mas não tem hora pra sair/ Mesmo sem força, sai pra trabalhar/ Tem um sorriso impossível de extinguir”

Com letras bastante diretas, “Perpétuo” é outra amostra de como o Black Pantera consegue dialogar com qualquer que seja “a camada da sociedade”, seja jovem ou adulto, tanto liricamente quanto musicalmente – uma vez que a banda não tem se prendido no Thrash Hardcore inicial.

Confira: