Atualizado em: novembro 29, 2024 às 9:54 am
Por Guilherme Costa
Depois de se esbaldar no que a tecnologia dos sintetizadores pode oferecer para uma sonoridade psicodélica, o Boogarins decidiu voltar com o som mais orgânico dos seus dois primeiros álbuns em seu novo lançamento. “Bacuri” é o nome do quinto disco de estúdio do quarteto goiano formado por Dinho Almeida, Benke Ferraz, Raphael Vaz Costa e Ynaiã Benthroldo, lançado na última terça-feira (26), de forma independente.
Cinco anos após o seu antecessor, “Sombra ou Dúvida”, e turnês pelo Brasil e exterior, havia uma necessidade de “voltar para a base”. Então, além de ser um álbum independente, “Bacuri” também foi produzido pelos quatro integrantes do grupo, pela primeira vez em seus pouco mais de dez anos.
A primeira prévia foi a bela “Corpo Asa”, que consegue sintetizar o que o novo álbum transmite: uma boa lírica (“Eu já quero ser/ No seu corpo asa/ Pra buscar seus sonhos”) com arranjos sem a necessidade de um sintetizador para o preencher. Embora, há faixas que soam como o Boogarins dos últimos anos (de maneira tímida) , como é o caso de “Chuva dos Olhos” e “Amor de Indie”. Outro destaque vai para a “Chrystian & Ralf (Só Deus Sabe”); se em “Sombra ou Dúvida” eles apresentaram a “Dislexia Ou Transe”, com a sua introdução “Globo Rural”, desta vez a veia sertaneja é auto explicativa.
Há muitos nomes entre os destaques do underground, numa espécie de “mainstream do underground”, e o Boogarins mostrou porque é um dos grandes nomes do rock nacional, com o seu quinto álbum de estúdio.