Atualizado em: fevereiro 7, 2025 às 1:27 pm
Por Guilherme Costa
Uma das bandas que mais crescem no cenário do Rock/ Heavy Metal é, sem dúvidas, os alemães do Lord of The Lost. Com um Metal Industrial pujante, liderado pela voz grave de Chris Harms, o grupo tem ganhado fãs por grandes apresentações em festivais, abertura de shows de gente grande (como o Iron Maiden), mas, sobretudo, pela discografia respeitável da última década.
No fim do ano passado, no entanto, Harms decidiu que era a hora de explorar a música longe dos seus companheiros de banda, anunciando a sua carreira solo. “1980”, o disco de estreia, saiu hoje, sexta-feira (7), em todas as plataformas digitais, via Napalm Records. Garantindo muita nostalgia, o álbum é inteiramente ligado ao Pop/New Wave da década de 80, baseado em artistas como o New Order e Depeche Mode (sempre eles) e artistas “menores” mas que também marcaram o seu nome na década, como o Desireless (do hit “Voyage Voyage”) e Irene Cara (do hit What A Feeling).
Produzido em parceria com Corvin Bahn, o álbum entrega uma gama de sintetizadores ditando a direção das faixas, com intervenções de baterias eletrônicas, como nas faixas “I Love You” e “Madonna of The Night”, que conta com a participação de Solar Fake, chegando a ter um leve flerte com a Darkwave (muito pelo “vocal gótico” de Harms). Ela nos leva às pistas das boates da década colorida e tão lembrada por quem viveu e por quem não viveu (o bom e velho anacronismo), numa grande ode a nostalgia.
Além das faixas citadas acima, outros destaques são para “Lunamor” e para a mais melancólica e Dream Pop, “Past Pain”. Mas a nostalgia pela nostalgia não garante que o álbum seja um grande destaque no ano. Claro, ele é bem composto, produzido e está longe de ser descartável. Mas não soa como algo que possa se conectar com 7 de fevereiro de 2025, funcionando apenas como um disco criado para uma década que já passou.
Elementos eletrônicos foram o grande diferencial do disco “Blood & Glitter”, o último de inéditas do Lord of The Lost, e na sua estreia solo Harms decidiu explorar ao máximo as texturas da década colorida. O que mais tem aqui no Um Outro Lado da Música, são bandas que fazem um som revival, como o Cults, Tennis e Shower Curtain (para citar alguns exemplos); entretanto elas também trazem elementos que nos lembram que os seus respectivos discos estão sendo lançados no século 21.