Atualizado em: novembro 7, 2024 às 11:28 am

Por Guilherme Costa

Se a Austrália tem estado em evidência por bandas novas de Punk, como o Amyl and The Sniffers (há também o ótimo Clamm), o Indie Rock também não está atrás no quesito qualidade. Uma das minhas justificativas para esta afirmação, é o álbum de estreia do Arbes, “Counterways”, lançado na última sexta-feira (1), em todas as plataformas digitais, via Third Eye Stimuli Records/Earth Libraries.

Formado por Anita Agathangelou, Ryan Basile, Sam Pannifex e Jess Zanoni, o quarteto australiano tinha dois EPs no currículo (“Swimmer” e “Psalms”), até a sua estreia. Entre o Indie Dream Pop, o novo álbum do Arbes se nota por ter um quê do Soft Rock psicodélico de bandas como o Holy Wave, utilizando de sintetizadores etéreos para flertar com a grandiosidade do Rock Progressivo (claro que sem os grandes solos de qualquer instrumento), como nas faixas “Silver Rings” e “Half Of Understanding”

Em uma entrevista para o site Beat, o então trio (Ryan entrou depois) comentou sobre o possível álbum de estreia “A noção de um álbum completo é um passo assustador, mas muito emocionante para nós; está em andamento, mas será um trabalho de amor.” Quase uma semana após o lançamento de “Counterways” é interessante notar como a evolução está visível em sua estreia.

Se o Indie Rock tipo Warpaint e Beach House, tão presente em seus dois primeiros EP, é representado pelas faixas “Piscean”, “It’s You” e “Parameters”. Há espaços para inovações, como no inicio Funky de “Impasse” e em “Full Sight”, cujo inicio me lembra a célebre parceria entre Charles Bradley e a Menahan Street Band.

Falamos tanto sobre como a busca por algo quase um sentimento melhor do que quando o você a conquista. O álbum de estreia do Arbes demorou para sair, mas a sensação é que esse sentimento da espera pelo primeiro álbum se manteve após a sua audição.