Atualizado em: outubro 14, 2024 às 11:20 am

Por Guilherme Costa

No final da apresentação do Offspring no Lollapalooza deste ano, debaixo de muita chuva, eu ouvi um rapaz comentando que o então disco novo da banda era muito pop. Bom, como bom roqueiro que sou, eu comentei que a faixa que encerra o álbum “Hassan Chop”, era bem pesada. Mas não dá para negar que “Let The Bad Times Roll”, não tem o de outros álbuns dos californianos.

Três anos após o lançamento de “Let The Bad Times Roll”, Dexter Holland, Noodles e companhia (que agora é Todd Morse, baixo; Jonah Nimoy, teclados; Brandon Pertzborn, bateria – que gravou quatro das dez faixas: Josh Freese, tocou gravou as seis faixas restantes) voltaram mais pesados com o décimo disco de inéditas “Supercharged”, lançado na última sexta-feira (11), via Concord Records.

“Queríamos que este disco tivesse energia pura — do começo ao fim! É por isso que o chamamos de ‘Supercharged’, do auge de nossas aspirações às profundezas de nossas lutas, falamos sobre tudo neste disco… de uma forma que celebra a vida que compartilhamos e onde estamos agora.”  Comentou Holland em comunicado.

Os três primeiros singles liberados previamente: “Light It Up”, “Make It All Right” e “Come To Brazil”, foram bastante promissores, e o disco conseguiu suprir as expectativas; embora o começo (“Looking Out For #1”) não é muito animador. Passado o susto da faixa de abertura, o que o Offspring apresenta é – num geral – uma boa sequência do Rock Alternativo/ Punk que a banda nos brindou na década de noventa. A começar pela já conhecida “Light It Up”, cuja energia (mesmo que mais cadenciada) das guitarras lembram em muito a porrada “Staring at the Sun”, sendo seguida pela também enérgica “The Fall Guy” – que emula um pouco do clássico “The Kids Aren’t Alright”.

“Make It All Right” e “Ok, But This Is The Last Time”, entram na cota Pop Punk que o Offspring adotou após o álbum “Americana”, que eu não acho que esteja no ponto alto do álbum. Ao contrário do potencial clássico (para os fãs mais… fãs) “Truth In Fiction” e da Crossover “Come To Brazil” – faixa em homenagem às tantas mensagens do público brasileiro para diversos artistas, que capturam muito bem o espírito do Hardcore californiano. Outra homenagem presente no álbum, está na faixa “Get Some” – alguém percebeu o riff de “Carry On Wayward Son”, do Kansas, durante o solo?

Sob a produção de Bob Rock, o mesmo dos últimos três do Offspring, a banda pode fazer as pazes com os fãs que torceram o nariz no lançamento de 2021, com muitas musicas convidativas para a roda punk/ mosh.