Atualizado em: março 31, 2025 às 8:14 am
Por Guilherme Costa
Foi em 2020, no meio da pandemia, que eu estava mexendo no Instagram e vi um post patrocinado de uma banda chamada False Heads. No YouTube, eu descobri que não era o único a ter conhecido o grupo pela rede social das fotos (que agora não é apenas de fotos). Cinco anos depois, o False Heads já lançou dois álbuns de estúdio e está trabalhando no seu terceiro; porém eles deram uma prévia do que está por vir com o EP “Cracked”.
Com quatro faixas, o EP lançado na última sexta-feira (28), via No Fret Records, é o primeiro com o baterista Charlie Gregory e captura a essência Punk/ Grunge do trio inglês em músicas que abordam traumas, cenário político calamitoso e aponta o dedo para os seus algozes:
“Liricamente, estamos mergulhando em temas de raiva, família, trauma, a erosão de classe da política cultural de esquerda e a ascensão desastrosa do fascismo e figuras de direita trapaceiras como Andrew Tate [‘influenciador’ que propaga mensagens misóginas nas redes sociais] e o fantoche Lex Luthor que preencheram esse vazio (e parecem evitar pagar qualquer imposto). Também abordamos violência, religião e autodestruição — tudo com um pouco de humor (espero).”
A autodestruição é tema de “Loose”, no qual o alcoolismo “social” ou “recreativo” é abordado na faixa, em que Griffiths canta: “Eu não quero isso para você/ Saqueie minha cidade e queime meu lar/ Eu fiz meu próprio exército/ Eu fiz minhas malas, me virei contra mim mesmo.”
Para este mês de abril, Luke Griffiths (vocal e guitarra), Jake Elliott (baixo) e Charlie Gregory (bateria) tem quatro datas agendadas para a Inglaterra e uma para a Escócia, onde eles certamente irão despejar toda a sua raiva e sujeira da sua ótima discografia.