Atualizado em: fevereiro 3, 2025 às 8:42 am
Por Guilherme Costa
Eu não lembro quando conheci o Kryn, mas sei que foi ao ouvir a música “Waters”; provavelmente em 2020, quando o single foi lançado. Entre 2019 e 2021 a banda croata lançou, além de “Waters”, os singles “Risset”, “The Deceiver” e “The Riven Heart”, nos levando a uma grande questão: e o novo disco de inéditas?
Bom, demorou, mas saiu no ano passado. Intitulado, como “Risset”, o segundo álbum de estúdio do grupo, que estava previsto para ser lançado no dia 7 de dezembro mas teve a data alterada para o dia 20, finalmente viu a cor do mundo, via SPV / Install Records. Precedido por uma troca na formação do grupo, com Josip Novak (guitarra), Ante Škurla (guitarra) e Rok Božić (bateria) se juntando aos membros remanescentes: Karlo Horvat (vocal), Marko Vladio (baixo), “Risset” entregou – além dos singles já conhecidos – um grande show de riffs e grooves, capitaneado pela potente e rouca voz de Karlo.
Entretanto a primeira experiência inédita com o álbum só ocorre na quarta faixa, “When Heroes Fall”, já que ela é antecedida por três dos cinco singles lançados promocionalmente. E é aí que você percebe o poder da banda oriunda de Rijeka! Combinando entre uma poderosa base e um belo trabalho de guitarras, a faixa segue a qualidade de novos nomes do Modern Metal (primo do Djent, Metalcore e Groove Metal) como o Ankor e Hand of Juno. O alto nível segue com as faixas “Recharger” e “The Nerve” que, entre agressividade e uma enérgica cadência, contam uma execução poderosa em seus refrãos (dignas de hits).
Ao contrário de tantas bandas do estilo, os efeitos eletrônicos não são protagonistas no álbum, servindo apenas como uma base, com o foco sendo a qualidade técnica da dupla de guitarras e da bateria. E um dos bons exemplos, é a poderosa “To Walk With Sorrow”, que ganha uma espécie de crueza vista no Lamb of God, focar mais na melodia do que em elementos externos (entenda-se, bases eletrônicas).
O Kryn, muito pela estreia e pelos singles que antecederam o seu segundo disco de estúdio, carregava uma expectativa enorme com “Risset”, e ela foi devidamente compensada com faixas tão pesadas e marcantes quanto “Waters” e companhia.