Atualizado em: fevereiro 13, 2025 às 9:29 am

Por Guilherme Costa

Um dos novos nomes que vem fazendo barulho nos Estados Unidos e, consequentemente, no mundo que segue as tendências dos artistas da terra do Tio Sam, é o Larkin Poe – dupla de “Roots Rock n’ Roll”, com elas se definem. Formada pelas irmãs Rebecca e Megan Lovell, em 2010, a banda lançou oito discos de estúdio: sendo “Bloom”, lançado em 24 de janeiro, via Tricki-Woo Records, o mais recente.

O desafio de suceder o premiadíssimo “Blood Harmony”, liberado em 2022, era grande e as irmãs multi-instrumentistas decidiram convocar Tyler Bryant (Tyler Bryant & the Shakedown) para co-produzir “Bloom”. Tyler está longe de ser um estranho, já que ele é o marido da Rebecca: o mundo de Poe seguiu sendo algo longe de forasteiros.

Diferentemente do domo que as irmãs naturais da Geórgia criaram, o estilo do Larkin é muito vasto e o tal do “Roots Rock n’ Roll”, nada mais é que uma junção de todos os caminhos que elas enxergam para a sua música. Em “Blood”, bem como em seu antecessores, a sonoridade foi marcada pela mistura de estilos, como o Country, Southern Rock, Blues e o Bluegrass, com uma roupagem bastante moderna (ouça “Elephant”, do primeiro disco, para situar sobre o senso pop em que os estilos descritos são inseridos).

E a abertura de “Bloom” começa lugar comum, com o Country em “Mockingbird”, passado pelo Southern Rock de “Easy Love” e pelo Blues/ Gospel de “Little Bit”. Há também doses mais pesadas, como em “Bluephoria” e “Pearl”, lembrando em muito os grandes momentos de “Blood Harmony”.

Mas o que diferencia o novo álbum, são as faixas mais serenas em que o Lap Steel e Dobro executados por Megan “roubam” o protagonismo das faixas. Há quem diga que o álbum contam com faixas no automático, e eu até acho que “Nowhere Fast” é uma delas; mas quando “Easy Love Pt.2”, “Fool Outta Me” e “Bloom Again” – faixa que encerra o disco – são executadas, é impossível não deixar de pensar em como o Larkin Poe lançou outro grande álbum.