Atualizado em: junho 24, 2024 às 8:45 am
Por Guilherme Costa
O Magic Shoppe começou com o som mais puxado para a psicodelia, criando atmosferas densas a partir das guitarras e do vocal do líder e mentor do grupo, Josiah Webb. Foi assim com o excelente EP “Triangulum Australe”, como o disco de estreia, “Reverberation”. Com elementos do Rock Psicodélico a banda foi adicionando bastante distorção e reverb em sua sonoridade, até chegar no álbum “Mono Lake”: um disco de Shoegaze/ Noise Rock.
Dois anos depois, a banda segue bastante barulhenta e “distorcida” entregando todos os seus elementos característicos no sétimo disco de estúdio do grupo, “Down The Wych Elm”. Lançado na última sexta-feira (21), via Little Cloud Records (EUA/CA) e Cardinal Fuzz (Reino Unido e Europa), o álbum é daqueles que nenhum fã coloca defeito.
Com o chamado “Wall of Guitar”, é impossível não observar como o instrumento é protagonista no novo álbum, como é na faixa de abertura “Have You Seen Bella?”. A dinâmica não muda muito no decorrer do álbum, com paisagens sonoras claustrofóbicas e introspectivas, como ocorre na sequência com “Whore”.
Influenciado por bandas, como Jesus and The Mary Chain e My Bloody Valentine, fica evidente o ar noventista do álbum – e da discografia em geral do grupo -. Se no single “The Field Where I Died”, esta influência fica evidente, em outras faixas como “Something Hollow” e “An Empty Cartridge”, eu adiciono um quê de Dinosaur Jr. e Husky Do. Já em “Double Dream”, o som me remete aos contemporâneos do Dead vibration.
Quando se fala dos últimos lançamentos do Magic Shoppe, você já sabe o que esperar. E esse foi o caso do novo lançamento do grupo de Massachusetts. “Down The Wych Elm” não tem nada de novo (embora seja mais pesado que o seu antecessor), mas não deixa de ser impactante.