Atualizado em: dezembro 17, 2024 às 9:13 am

Por Guilherme Costa

O Arbes é uma banda de Indie/ Dream Pop oriunda de Melbourne, Austrália, atualmente integrada por Anita Agathangelou, Ryan Basile, Sam Pannifex e Jess Zanoni, com dois EPs no currículo (“Swimmer” e “Psalms”). O disco de estreia “Counterways” saiu em novembro deste ano, via hird Eye Stimuli Records/Earth Libraries.

“‘Counterways’ reflete a multiplicidade da memória emocional. É tanto confissão quanto medo dessa confissão. O desejo é a linha condutora do disco, manifestando-se em muitos eus conflitantes”. Comentou a vocalista Jess Zanoni a respeito do debut.

E é no meio entre o Pós Punk mais cru do Blondie e o Indie Rock etéreo do Warpaint e Beach House, que “Counterways” se localiza para falar de tais sentimentos. O álbum é iniciado com “Piscean” e “It’s You”: duas faixas com sintetizadores etéreos, suficientemente introduzidos para o grupo não se tornar algo próximo ao Cults ou o Still Corners, com guitarras limpas e tão protagonistas quanto. Há também faixas em que o grupo se aproxima do Soft Rock psicodélico do Holy Waves, nas faixas “Silver Rings” e “Half Of Understanding”.

A segunda parte do álbum mostra o grupo mais focado em suas guitarras, baixos e bateria, e menos nas camadas de sintetizadores, como é o caso da Talking Head “Impasse”, em que Zanoni canta “Sempre quero ser uma fonte de conforto/ Sempre quero mostrar as coisas de ambos os lados/ Mas quando você não me retribui, não é certo/ Quem vai subir, quem vai me salvar?”. “Full Sight” também segue nessa toada (inclusive o início me lembrou a célebre parceria entre Charles Bradley e a Menahan Street Band). “Parameters” e “One Metaphor” até flertam com o Synthpop/ Indie Pop, mas também focam nas melodias dos seus instrumentos.

“Counterways” é um álbum de Indie Rock que emula e se distingue de bandas como o Warpaint, Beach House, Miami Horror, revelando uma grande maturidade do grupo australiano.

O Arbes está entre os Melhores do Ano do Um Outro Lado da Música!