Atualizado em: outubro 24, 2024 às 10:16 am
Por Guilherme Costa
Para a criação das letras do disco “Antípodas”, a vocalista, tecladista e compositora do Miasthenia Susane Hécate recorreu aos livros Mirabilia. Monstruos humanos de Indias, A Noite Triste, Inferno Atlântico: Demonologia e colonização e América Mágica: quando a Europa da Renascença pensou estar conquistando o Paraíso. Para o seu sucessor, “Espíritos Rupestres”, lançado na última quinta-feira (23), via Mutilation Records, Hécate foi a própria inspiração utilizando o conto “Bruxa Xamã” (escrito por ela) como base do sexto disco de inéditas da banda.
“[O] conto revela a trajetória de uma Xamã, guardiã dos mistérios rupestres de outrora, convertida em Bruxa sob a acusação de feitiçaria e bruxaria pelos visitadores do Santo Ofício da Inquisição no Brasil Colônia. Sua jornada xamânica ao tempo ancestral passa pela pré-história brasileira e pela Guerra dos Bárbaros, a grande resistência Tapuia que dominou os sertões entre os séculos XVII e XVIII.” Comentou a banda em relação à temática do novo álbum. O conto completo está na edição física do álbum.
Agora como quarteto, Susane Hécate e o guitarrista, Marcos Thormianak, estão na companhia de Aletéa Cosso (baixo) e Lith Drummer (bateria), que contribuiram nos vocais limpos presentes em algumas músicas do álbum, a sonoridade segue tendo grande influência do Black Metal Sinfônico, tendo nos vocais potentes de Hécate um grande destaque. Faixas como “Tapuia Marcha” e “Bruxa Xamã” carregam a assinatura clássico do grupo de Brasília, enquanto “Transmutação” abre espaço para linhas mais Heavy Metal.
Levou sete anos para o Miasthenia lançar um material inédito, e com “Espíritos Rupestres” a banda mostra que o período de produção do álbum rendeu grandes frutos.
Confira: