Atualizado em: abril 28, 2025 às 8:33 am
Por Guilherme Costa
Após lançar o seu terceiro disco de inéditas, “Household Name”, o Momma caiu na estrada para divulgar o álbum que mudou a sua sonoridade e também a formação: o time formado por Etta Friedman (vocal e guitarra) e Allegra Weingarten (guitarra e vocal), ganhou o reforço de Aron Kobayashi Ritch (baixo) e Preston Fulks (bateria). A turnê foi tão proveitosa, que rendeu o seu quarto álbum de estúdio “Welcome to My Blue Sky”, lançado no dia 4 de abril, via Polyvinyl.
Quando a banda lançou o single “Ohio All The Time”, a primeira prévia do álbum, Friedman e Weingarten comentaram que a faixa e o videoclipe foram frutos de experiências vividas na estrada: “Escrevemos o vídeo sobre um verão em que estávamos em turnê, e parecia que tudo em nossas vidas havia mudado no período de um mês”. O comunicado também mencionou que o vídeo capturou a juventude dos seus integrantes, o que garante uma a diversidade lírica contida em “Welcome to My Blue Sky”.
Mas o álbum não é inteiramente sobre a vida na estrada, porque há também muito sentimento juvenil em suas temáticas. Afinal, elas ainda são jovens. “I Want You (Fever)” é uma música sobre querer estar com alguém que já é comprometido ou não superou o antigo parceiro, ao passo que “Rodeo” traz a perspectiva do término dos respectivos relacionamentos de Friedman e Weingarten. Sentimentos comuns para os jovens que vivenciam suas primeiras, segundas experiências.
Quase sempre com guitarras afiadas e dissonantes, como no seu antecessor, “Welcome to My Blue Sky” tem uma sonoridade mais encorpada, com as guitarras criando a chamada “wall of guitar” e Aron Kobayashi Ritch (que também esteve envolvido com a produção) e Preston Fulks desempenhando um grande papel nas faixas mais pesadas do álbum. “Last Kiss”, cujo título é sugestivo, mostra que o peso das guitarras cheia de efeitos também podem ser usadas de forma mais limpa sem perder o peso.
Para além das guitarras Alt Rock e Shoegaze, há um senso pop muito proeminente no disco. “Sincerely”, que abre o disco, é quase acústica que se destaca por sua proximidade com as roupagens oníricas do universo do Slowdive; “Bottle Blonde” se destaca pela bateria eletrônica; e a faixa título serve como uma baladinha que consegue sintetizar o espírito do álbum “Parei para conversar como sempre fazemos/ Mas tem algo errado, juro que sou eu, não você/ Não é sua culpa porque eu sempre soube / Que esse céu azul não me traria de volta para você”.
Sempre é muito marcante a passagem da “primeira parte da vida adulta” para a segunda (basicamente a vida após os 25). Há coisas que ainda permanecem e outras, por outro lado, vão desaparecendo até se tornar uma simples memória. O Momma relatou um pouco dessa passagem no seu novo disco, garantindo uma grande viagem!