Atualizado em: junho 13, 2024 às 1:16 pm

Por Guilherme Costa

O trio britânico Night Tapes, formado por Max Doohan, Sam Richards e Iiris Vesik, tem sido bastante elogiados pelo seu Dream Pop, cujas paisagens sonoras tem um quê de Space Rock (no estilo do single,”Floating”, da Juno Is). No ano passado o trio londrino lançou o ótimo (mais que isso, até) “Perfect Kindness”, no qual o Dream Pop foi temperado com elementos de Lo-Fi e Dance Music, resultando em grandes faixas como “Solene”, “Humans” e “Silent Song”.

No dia 1 de dezembro – também do ano passado – o Night Tapes liberou o single “Drifting” – a primeira prévia do mais recente EP “Assisted Memories” -, aliando o seu Dream Pop a um hipnotizante Dance Music, típico de um ponto alto de qualquer balada que se possa imaginar; arrisco a dizer que “Drifting” é uma das melhores coisas pops dos últimos tempos (embora eu nem goste desse tipo de frase e sentença). Pulando para a última sexta-feira (7), “Assisted Memories” se revelou para o mundo, e – infelizmente – o padrão de “Drifting” não foi acompanhado.

Não que o EP esteja ruim. Pelo contrário. “Loner”, por exemplo, tem um ritmo Indie Rock como o Class Actress fez em “Bienvenue”; ou quando com a baladinha de “Every Day Is A Game” (e sua ótima e simples linha de baixo). Mas há uma sensação de pontas soltas, ao contrário do seu antecessor que é extremamente “redondo”. Entretanto você pode focar no quão inquieto o trio é, não caindo na armadilha da mesmice nas faixas “Easy Time To Alive” e “Waterfall”.

Longe de mim querer definir qual caminho uma banda/ artista deve seguir. Mas “Drifting” e Projections” passam uma boa sensação de que seriam o caminho para o sucessor de “Perfect Kidness”. De toda forma, o Night Tapes entregou outro trabalho extremamente competente e bem produzido.