Atualizado em: maio 13, 2025 às 1:03 pm

Por Guilherme Costa

Em sua biografia nas plataformas digitais, o Plastic Pocket fez uma provocação: “por que outra banda de Punk/ Hardcore?” ao que eles próprios responderam: “para dizer, mais uma vez, que ainda há coisas a serem ditas; fúria a ser liberada; e histórias cotidianas a serem contadas”. E assim eles fizeram no EP “Tropical Dark Age”, lançado no dia 25 de abril em todas as plataformas de streaming.

Formado por Mauren McGee (vocais), Anderson Vaca (baixo), Leonardo Ramos (guitarra) e Marco Túlio Marquezini (bateria), nomes conhecidos da cena por trabalhos com bandas, como o WeeDevil, Pesta, Chakal e Zé Trindade, a sonoridade do EP passa pelo Punk, Hardcore e até mesmo Grunge. Guitarras distorcidas embalam a faixa que abre o registro, “Say Goodbye”, mostrando que a sujeira do Nirvana também foi um dos guias para as suas músicas.

As guitarras talvez sejam o grande destaque do EP, embora baixo e bateria também contribuem para que a adrenalina nunca caia. E há a Mauren McGee, que está em grande forma, ora sendo mais agressiva/ ora mais sóbria e ácida, tornando a audição mais dinâmica com a sua característica voz. “Arrowhead” talvez seja o melhor exemplo da sintonia dos integrantes, numa faixa potente e bastante dinâmica.

Embora o baixista Anderson Vaca tenha citado influências em bandas dos anos 90 (Rancid, L7, Bad Religion…) e os clássicos Ramones e Sex Pistols, o EP tem o poder de aguçar os ouvidos de fãs de diversas fases do Punk Rock. “Loser Boy”, single lançado de forma promocional, e “Resist/ Survive” são faixas mais diretas. O típico Punk Rock. Enquanto “My Body, My Voice” é completamente tomada pelo espírito punk do The Damned.

Além da provocação intrínseca à sua existência, o EP do Plastic Pocket se banca como uma outra boa banda de Punk/Hardcore. Há sempre espaço para mais um, mais uma mensagem, e o quarteto soube muito bem aproveitar o seu espaço.