Atualizado em: outubro 23, 2024 às 10:45 am

Por Guilherme Costa

Dois anos após a aclamada estreia (“Growing Up”), as jovens integrantes do Lindas Lindas lançaram o seu segundo disco de estúdio “No Obligation”, na sexta-feira retrasada (11), em todas as plataformas digitais, via Epitaph Records. Produzido por Carlos de La Garza, pai de duas das quatro integrantes do grupo, o novo álbum explorou – como a banda bem disse – estilos como a New Wave, Pós Punk, além do Punk/ Garage Rock presente na estreia.

Com as plataformas de streaming sendo uma realidade (há um bom tempo), é quase raro que um disco seja lançado sem uma quantidade significativa de prévias liberadas de forma promocional – sobretudo para bandas novas. Então já deu para perceber que Bela Salazar (guitarra e vocal), Eloise Wong (baixo e vocal), Lucia de La Garza (guitarra e vocal) e Mila de La Garza (bateria e vocal) estariam flertando com o Pop Punk, quando os singles “”All In My Head” e “Too Many Things” foram liberados. E a percepção é realçada com a pop “Lose Yourself”.

Mas há espaço para a rebeldia no álbum!

Para os ouvintes que se depararam com o álbum (blá blá blá algoritmo de streaming), a abertura é um baita convite para quem curte Punk/Hardcore. Mas a pedrada da faixa título não se mantém nas três faixas seguintes. O que não é motivo para largar o álbum! “Once Upon a Time” surge um pouco Indie, para te levar ao Garage Rock de “Yo Me Estreso” – um dos pontos altos do álbum, que conta com a participação do humorista ‘Weird Al’ Yankovic. “Resolution/Resolution” também é outra faixa para agradar as pessoas mais sisudas.

Eu sei que é um mal de roqueiro sempre querer peso, peso e mais peso. E é sabendo disso que eu acho que a estreia é melhor do que “No Obligation”, embora reconheça que o novo álbum está longe de ser ruim, mostrando uma orientação (no fim das contas) interessante para um som mais acessível (como a faixa “Nothing Would Change”).