Atualizado em: agosto 28, 2024 às 9:29 am
Por Guilherme Costa
Na minha adolescência eu não tinha muitas referências da música pop francesa. Havia o Daft Punk e o Justice, cujos sucessos eram cantados em inglês, e alguma coisa remota da Carla Bruni. Depois veio o Phoenix (que também tem as suas músicas em inglês). Porém, de uns tempos para cá, eu tenho conhecido cada vez mais artistas que cantam na própria língua, como a jazzista Camille Bertault e o Sourface.
Parece que a sofisticação típica da França está presente na sua música, assim como a alegria brasileira está presente na nossa música. Bom, clichês à parte, o Um Outro Lado Indica da semana fala sobre o mais recente álbum de estúdio da musicista francesa Cléa Vincent.
No dia 29 de março deste ano saiu o mais recente álbum de estúdio da cantora, “Ad Vitam AEternamour”, via Midnight Special Records. Sob a produção de Raphaël Léger, o álbum explora as camadas eletrônicas de sintetizadores do Synthpop da segunda década do século; sabe, coisas como o Cut Copy e Crystal Castles. E é nessa vibe que o álbum de apresenta com as faixas “Ad vitam æternamour”, “Se laisser partir” e “C’est OK”.
Mas a pista de dança é completamente aberta a partir do single “État Second”, que conta com a participação de Jacques, e “Free demain” – um House daqueles com clima de fim de tarde. Outro destaque vai para “Douce Chavirée”, com os seus contornos da World Music.
Cléa Vincent mostrou – novamente – que o seu Synthpop consegue ser dançante e denso ao mesmo tempo. Para além das influências da música eletrônica, a musicista também é apreciadora do Jazz e da música brasileira (como ficou evidente com as músicas “Bahia” e “Samba”).