Atualizado em: fevereiro 21, 2024 às 2:30 pm

Após lançar o EP, “Muerte Es Mentira”, em 2017 e o EP colaborativo com o Columpios Al Suelo, “Gritos & Susurros”, o grupo chileno formado Rodrigo Herbage (vocal e Baixo), José Miguel Sanzana (guitarra), Diego Bravo (guitarra) , Lía Arenas (teclados) e Felipe Garrido (bateria), Dolorio & Los Tunantes, lançou o disco de estreia, “…Esas Mutancias”, em 2021.

Com doze faixas, o full length de estreia é guiado pelo caos do Punk Rock (ou Art Punk, como autodefinido), em faixas como “Cara & Sello” e “Barrio Chino”, que encontra com o Pós Punk clássico da ótima “Infiernillo”. Uma das grandes características do estilo é o baixo simples e marcante, cujo papel em  “…Esas Mutancias”  é perfeitamente cumprido por Rodrigo Herbage; Rodrigo H também é o dono da voz raivosa que aumenta ainda mais o senso de urgência que o álbum causa.

Guitarras estridentes, por vezes, dividem o ritmo frenético com os sintetizadores mais atmosféricos (“Bostezo & Contagio”), quando o Noise Rock entre em cena. O Art Punk do grupo é impulsionado não só pelo instrumental arrojado, como pelas letras derivadas de uma época (cada vez mais longe) de pandemia: “No tenemos otra oportunidad/ Vamos a bailar con distancia social // Não temos outra chance/ Vamos dançar com distanciamento social” (“Dj de la Muerte”.

“…Esas Mutancias” conta com a participação do grupo “Addis Ababa” e Santiago del Valle, nas faixas “Team Mekano” e “Velorio”, adicionando uma linha de metais tão sorrateiras como a bateria de Felipe Garrido. “Esas Mutancias” também é o nome da faixa que encerra o grande cartão de visita do grupo chileno, cuja letra e instrumental se complementam na construção de um dos grandes discos de Pós Punk dos últimos anos.

Imagem da capa do disco "...Esas Mutancias" do Dolorio & Los Tunantes

Reprodução: Bandcamp/ Sello Fisura