Atualizado em: fevereiro 5, 2024 às 8:18 am

Antes de iniciar o retorno do Um Outro Lado Indica, eu preciso comentar sobre o ligamento da banda com a criação da página. O Um Outro Lado da Música surgiu como um podcast, onde eu comentava sobre as fases comercialmente nebulosas de bandas clássicas e de artistas novos.

Lá em 2019, dois anos após o lançamento do álbum de estreia do Filthy Friends,  eu conheci a banda por causa do guitarrista Peter Buck (um dos meus favoritos). Onde eu poderia escrever sobre a banda? E então veio a decisão de criar a página no Instagram.

Formado por Peter Buck (R.E.M.), Corin Tucker (Sleaty-Kinney), Scott McCaughey (Minus 5), Kurt Bloch (Fastbacks) e o falecido Bill Rieflin (King Crimson) – sendo substituído pela baterista, Linda Pitmon -, o disco de estreia do supergrupo, “Invitation”, foi lançado em 2017.  O caminho entre o R.E.M. e o Sleater-Kinney foi traçado em direção a sobriedade dos últimos discos das duas bandas (a respeito do Sleater-Kinney, os dois últimos discos), e Corin Tucker está muito mais comedida do que a época do “Dig Me Out”. Embora haja faixas que Tucker solta a voz rasgada (“Makers” e “The Arrival”).

Entretanto é em faixas, como “Faded Afternoon”, “Second Life” e “You and Your King”, que dá para perceber a sonoridade do grupo (sem citar a influência de suas bandas fixas). Com muita melodia e numa frequência mais comedida, o quinteto conseguiu criar uma atmosfera um tanto quanto bucólica (algo que os primeiros discos do R.E.M. continha).

É bem verdade que o álbum não trouxe nada de novo, mas “Invitation” é o tipo de projeto que o faz gostar mais do seu artista favorito, como foi o meu caso com Peter Buck.