Atualizado em: junho 19, 2024 às 8:52 am

Por Guilherme Costa

Na semana passada completou cinco anos da perda do grande André Matos, ex vocalista do Viper, Angra e Shaman. Por problemas de notebook-ruim eu não consegui escrever sobre ele no Um Outro Lado Indica. Mas nunca é tarde para homenagear os grandes.

Antes de fazer história com o Shaman, André Matos – que havia deixado o Angra em 2000 – se juntou ao produtor e guitarrista (conhecido pelo seu trabalho junto ao Avantasia) Sascha Paeth para criar o projeto Virgo. Sem muitas pretensões, no que diz respeito a continuidade do projeto, Matos e Paeth mergulharam em suas influências que fugiam do Heavy Metal. Embora o começo do álbum (“To Be” e “Crazy Me?”) carragam uma certa influência do Symphonic Power Metal – inclusive, “Crazy Me?” carrega a atmosfera do segundo álbum do Shaman, “Reason”.

A liberdade criativa, além de mostrar dois integrantes mais soltos, também resultou num álbum bastante eclético com vários estilos sendo comtemplado. A minha faixa favorita, e a que mostrou uma boa versão de Matos, é “Take Me Home”: faixa que é introduzida pela doce voz do André acompanhada por um piano, e que muda para um Rock Alternativo do final da década de 90. André, que sempre esteve ligado a combinação Heavy Metal + música clássica, mostrou uma boa aptidão para a música pop.

Já na sequência, a dupla se soltou e explorou diversos estilos como o Prog Pop do Yes, da era Rabin, (“Baby Doll”), classic rock (“Discovery”), a New Wave do Depeche Mode (“Street Of Babylon”) e o Gospel (“River”). Sendo apenas um projeto, André Matos e Sascha Paeth felizmente não se prenderam ao que faziam, e criaram um disco como todo projeto paralelo deve ser: fora da zona de conforto!