Atualizado em: março 14, 2025 às 10:00 am
Por Guilherme Costa
Os canadenses do Spiritbox ganharam o amor dos fãs brasileiros com o álbum de estreia “Eternal Blue” e o EP “The Fear of Fear”. Bastante comentado no meio do Metalcore e por outros metaleiros não muito simpáticos ao estilo, a banda formada por Courtney LaPlante (vocal),Mike Stringer (guitarra), Zev Rosenberg (bateria) e Josh Gilbert (baixo), liberou o seu segundo disco de inéditas no último dia 7, via Pale Chord Music.
“Tsunami Sea” era aguardado com muita expectativa após o EP de 2023 mostrar uma grande evolução dos canadenses em relação ao debut. As quatro músicas liberadas de maneira promocional aumentaram a ansiedade dos fãs, que foi muito bem suprida pelo lançamento. Mais agressivo e melódico do nunca, o álbum realça a evolução iniciada em “Fear of Fear”.
Produzido por Dan Braunstein e Mike Stringer, “Tsunami Sea” é agressivo, denso e groovado, enquanto o Spiritbox caminha entre o Metalcore e Nu Metal, com as bases eletrônicas cada vez mais presente na sonoridade das bandas do estilo (Jinjer e Bring Me Horizon, por exemplo). “Fata Morgana” abre o álbum com uma bela base instrumental que traz senso de urgência, enquanto LaPlante canta “Sorrow follows me/ I feel it in my inhale when I breathe/ I can feel it in the exhale, underneath/ Cascading over everyone and everything (A dor me persegue/ Sinto isso na minha respiração, ao inalar/ Consigo sentir na exalação, por baixo/ Cascateando sobre todos e tudo)”.
“Black Rainbow” emenda com a faixa de abertura, mostrando como houve um amadurecimento na utilização dos elementos eletrônicos. Eles preenchem todos os espaços deixados pela seção rítmica, apoiam a transição das faixas e ainda conseguem deixar a sonoridade mais melódica, como no refrão de “Perfect Soul” e em outras faixas menos pesadas, como “Keep Sweet” e “A Haven With Two Face”. Mas os destaques não podem fugir das pedradas que o álbum contém, como “Soft Spine”, “No Loss, No Love” e “Fata Morgana”.
Metaleiro, no geral, tem uma grande mania de sacramentar quais serão as próximas bandas que levarão o nome do metal pesado para as próximas gerações. Eu ainda acho que o grande nome não só do Metalcore mas do Metal em geral é o Jinjer. Mas “Tsunami Sea” coloca o Spiritbox num patamar digno de comparação com grandes nomes do estilo.