Atualizado em: outubro 11, 2024 às 3:48 pm

Por Guilherme Costa

Em 2017 o Sugar Kane deixou os seus fãs (como eu) extremamente entusiasmados ao anunciar o retorno para a comemoração do vigésimo aniversário da fundação da banda. A parruda formação contava com Alexandre Capilé (vocal e guitarra), Vini Zampieri (guitarra), Rick Mastria (guitarra), Igor Moderno (baixo) e André Dea (bateria). Quatro anos depois, sem Rick Mastria, o Sugar Kane voltou a lançar um disco de inéditas (“Novidade Média”), sete anos após o seu antecessor “Ignorância Pluralística”.

O sucessor de “Novidade Média” não demorou muito para sair. Hoje, 11, saiu o décimo álbum de estúdio do quarteto de Hardcore, “Antes que o amor vá embora”, em todas as plataformas de streaming, via Deck. O disco, que teve a primeira prévia em parceria com a Jup do Bairro, foi produzido por Rafael Ramos, soa mais melódico e otimista, como comentou Vini Zampieri:

“Abordamos sentimentos novos, mais otimistas do que os que escrevemos anteriormente. Tentamos mudar a perspectiva do mundo caótico e apocalíptico que temos no presente. É um disco mais alegre.”

A parte melódica já foi notória na diferença do agressivo “Ignorância Pluralística”, em relação ao “Novidade Média”. Já no novo álbum, faixas é o caso explícito de “Lembro Bem” e a inspiradora “Vai”, cuja letra é o tipo de incentivo para aquele último suspiro antes da tomada de decisão de se jogar em algo que – de certa forma – é incerto: “Vai, seja o que quiser/ e venha o que vier, sobreviremos/ tudo é seguir e aprender/ nada nos impede de viver”

Partes pesadas, como um bom Hardcore melódico pede, surgem na parceria com Badauí (CPM 22) na faixa “Dormi no Chão” que, para mim, tem o melhor trabalho de guitarras e baixo, e “Óleo na Pista”. Porém o caminhar do álbum encontra direções “mais alegres”, como na faixa “Todos Os Dias” (outra faixa que também deixa a qualidade técnica dos integrantes do SK em evidência – André Dea, inclusive, desce a mão em todas as faixas). Há também a nostálgica “Original”, que me remeteu a algumas faixas do “A Máquina Que Sonha Colorido” (mundos como “Um Pouco de Tudo” e “Seus Ideais”).

Com quase trinta anos de estrada, e muitas histórias, o Sugar Kane escreve outro capítulo que os coloca entre os grandes nomes do Hardcore nacional. Aqui, todos estão em grande forma!