Atualizado em: março 24, 2025 às 8:46 am

Por Guilherme Costa

Na última quinta-feira (20) o Swave lançou o seu disco de estreia, “foi o que deu pra fazer”, via Deck. Tendo onze faixas, apenas cinco não eram conhecidas do público em geral, já que as quatro faixas do EP “por enquanto é isso” e os singles “longe do fim” e “egotrip” entraram no álbum.

Formado pelo super time do underground brasileiro: Aline Mendes (vocal, André Dea (bateria), Cris Botarelli (baixo), Rafael Brasil (guitarra) e Murilo Benites (guitarra), o Pop Punk evidentemente seguiu sendo o fio condutor dos pouco mais de trinta e três minutos do disco. Ouvindo todas as faixas do Swave como um único álbum, “já foi”, “despertador” e o Soft Rock de “como eu vou?”, seguem sendo um dos pontos altos da banda.

Olhando para as músicas que a maioria das pessoas não conheciam (partindo do princípio que o grupo já tocavam tais faixas em seus shows) é possível perceber faixas que oferecem novas dinâmicas em relação ao EP de 2024, como é o caso de “te assustar” e “dge” que alternam entre a energia do Pop Punk com um certo groove. Os vocais de Aline Mendes (AlinBloom), que não se limita ao gritos inconformados de “despertador”, tem um papel essencial para isto com os seus cantos falados, veia pop (“dge”), serenos (“como eu vou?”) e no refrão chiclete de “mais uma vez”. “Vai cair”, por sua vez, oferece um flerte com o Post Hardcore e Rock Alternativo, na faixa mais densa do disco.

“Dge”, aliás, merece um destaque pessoal para a execução de André Dea. A primeira música que eu ouvi do Sugar Kane foi “Revelação”, lá na minha adolescência (2012?); o groove da linha daquela bateria me deixou estarrecido e “dge” me fez lembrar disso e gostar ainda mais da faixa!

Voltando para o Swave, eu poderia encerrar dizendo que a banda não trouxe nada de novo embora consiga fazer o clássico Pop Punk noventista com muita qualidade (até pelos nomes envolvidos no projeto). Mas conforme o disco foi rolando, não deu para fugir da sensação de que “foi o que deu o fazer” está além de um comentário complacente. Pelo contrário, além de entregar um som clássico e nostálgico, ele também oferece um gosto de quero mais!