Atualizado em: junho 12, 2024 às 7:47 pm

Por Guilherme Costa

A banda Neozelandesa de Synthpop se notabilizou pelos sintetizadores do seu Eletro Indie, que foi impulsionado pelo hit “Young Blood”, sendo uma espécie de atualização da New Wave oitentista, embora pouco tempo depois a sonoridade da banda foi ficando mais pop. No dia 17 de maio saiu a estreia solo do guitarrista e vocalista do Naked and Famous, Thomas Powers, “A Tyrant Crying In Private”, em todas as plataformas digitais, de forma independente. O álbum começou a ser divulgado em julho de 2023, quando o músico liberou o single “Li”, em parceria com a Chelsea Jade, dando um certo indício de que o álbum não soaria como um pop convencional.

Se valendo de várias camadas eletrônicas etéreas, “A Tyrant Crying In Private”, soa experimental para os padrões da música pop (ou Eletro Pop), na qual a sua liberdade criativa foi bastante profícua. “Little Lungs”, a faixa de abertura do álbum, que conta com as participações de Rob Moose e Julien Baker, deixa bem claro o quão singular é a estética do disco. Se destacam também as faixas “Half Pirouette” (com o seu belo conjunto de cordas) e “An Opening”, por serem basicamente faixas instrumentais que preenchem a estética do disco, ao passo que “Preston” segue nesta tônica, com a adição dos vocais de Powers (sempre com efeitos, causando até um tipo desconforto).

Diferentemente do ótimo álbum de estreia da sua companheira de Naked and Famous, Alisa Xayalith, ou dos últimos trabalho da sua banda principal, que seguem a linha do Pop convencional, Powers – evidentemente – seguiu um outro caminho, embora há uma dose mais acessível, nas faixas “Falling Down The Straits” e “The Big Feet” – outra faixa com a participação de Chelsea Jade.

Ao comentar sobre o single “Li”, Powers disse ter achado o seu “centro”, o “seu som”. As camadas etéreas, paisagens sonoras que poderiam ser aproveitadas para o cinema e a introspecção do estilo de canto de Thomas Powers, fizeram deste álbum singular e bastante notório num estilo que por vezes tem talentos desperdiçados para a vontade do mercado.

Confira: