Atualizado em: janeiro 29, 2025 às 10:01 am

Por Guilherme Costa

O INXS foi uma das caras dos anos 80, com lançamentos e hits que marcaram época: “New Sensation”, “I Need Tonight”, “Never Tears Us Apart”, “Beautiful Girl” e etc. Porém nos anos 90 a história não foi muito semelhante, com os álbuns “Full Moon, Dirty Hearts” e “Elegantly Wasted”, não repetindo o sucesso comercial dos seus antecessores. Em 1997, v (vocalista da banda) foi encontrado morto no quarto de hotel em que estava hospedado, colocando praticamente um fim na história do INXS.

Praticamente, porque, além de shows esporádicos como nas Olimpíadas de Sydney (2000), o INXS pouco fez até a virada do século. Em 2002 o grupo chegou a entrar em estúdio para gravar um novo disco, com Jon Stevens (o vocalista durante a apresentação no encerramento da Olimpíadas de Sydney), mas foi somente a partir de 2004 que o grupo voltou “pra valer”.

Com o reality show “Rock Star: INXS”, JD Fortune foi o escolhido para ser o frontman do grupo australiano, lançando o décimo álbum de inéditas do INXS, “Switch”. O álbum, embora teve uma recepção mista da crítica, chegou ao Top 20 das paradas no Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos. O clima era de ambiente renovado, e os singles “Afterglow” (faixa em homenagem ao antigo vocalista) Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos), “Pretty Vegas” e “Perfect Strangers” mostraram que o grupo seguia afiado em suas composições.

O disco não é regular, no entanto, caindo de qualidade quando o grupo deixa a New Wave e parte para um Reggae e Dub nas faixas “Never Let You Go” e “Like It Or Not”. De toda forma, JD Fortune e os membros remanescentes (Andrew Farriss, Tim Farriss, Kirk Pengilly, Garry Gary Beers e Jon Farriss) conseguiram se conectar com o século 21 (nem de longe soando datados) e com a essência do grupo, num álbum que mantém lá no alto a qualidade da discografia dos australianos.